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Sebastián Piñera, ex-presidente do Chile, morre em acidente de helicóptero
Policial
Publicado em 06/02/2024

O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera, de 74 anos, morreu em um helicóptero que caiu em um lago nesta terça-feira (6), de acordo com o jornal "La Tercera".

 

O acidente aconteceu na cidade de Lago Ranco, na região central do Chile. O "La Tercera" afirma que o ex-presidente estava voltando de uma visita a um amigo, o empresário José Cox, com outras três pessoas. O jornal também afirma que Piñera estava pilotando o helicóptero.

A agência nacional de resposta a desastres do país, a Senaprad, afirmou que houve um acidente de helicóptero na cidade de Lago Ranco e que uma pessoa morreu. O governo não confirmou que se trata do ex-presidente.

 

De acordo com o site do jornal, fontes do governo afirmaram que quatro pessoas estavam no helicóptero, e três foram encontradas pelas equipes de emergência. Quando os socorristas chegaram, a aeronave já estava submersa nas águas do lago.

A informação também foi publicada pelos jornais "ABC", da Espanha, e "Clarín", da Argentina.

Segundo o "Clarín", Piñera pilotava o helicóptero e não conseguiu tirar o cinto de segurança para sair da aeronave. Duas pessoas conseguiram nadar até a margem, e uma terceira foi resgatada na água com um bote.

Imagem de 2021 de Sebastián Piñera — Foto: Reprodução/Governo do Chile

Imagem de 2021 de Sebastián Piñera — Foto: Reprodução/Governo do Chile

 

Ex-presidente era um bilionário

 

Sebastián Piñera era um empresário bilionário e foi presidente do Chile duas vezes. Durante seu segundo mandato, houve uma grande agitação social no país, e ele não conseguiu recuperar sua popularidade.

 

Com uma fortuna avaliada pela Forbes em cerca de US$ 2,9 bilhões, Piñera buscou se tornar um exemplo de uma direita democrática.

Em seu primeiro mandato, entre 2010 e 2014, ele chamou os defensores da ditadura de Augusto Pinochet (de 1973 a 1990) de "cúmplices passivos" e fechou uma prisão especial que abrigava violadores dos direitos humanos.

Em seu segundo governo, entre 2018 e 2022, ele tentou se firmar como um líder regional à frente de um país que definiu como "um oásis" na América Latina.

Em fevereiro de 2019, solidarizou-se com a cidade colombiana de Cúcuta, ao oferecer aos venezuelanos um visto especial para recebê-los no Chile.

Os protestos estudantis começaram em outubro de 2019, inicialmente contra o aumento da passagem do metrô de Santiago. No fim, foi a maior revolta social em décadas no país. O balanço destes protestos foi de 34 mortos e centenas de feridos.

 

Repercussão do acidente

 

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, afirmou que conheceu Piñera há anos, e agradeceu pelo apoio do chileno com a operação para levar vacinas ao Uruguai na época da pandemia. "Aos chilenos e à famíla, meus pêsames", afirmou Lacalle Pou na rede social X (Twitter).

 

Fonte: G1

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